Trabalhadores no setor de transporte coletivo urbano devem aderir em peso à greve geral convocada para a próxima sexta-feira (14) contra o projeto de “reforma” da Previdência. Em plenária realizada hoje (10), com entidades ligadas a várias centrais, os sindicatos de motoristas, metroviários e ferroviários confirmaram que as categorias vão parar durante 24 horas em São Paulo. Apenas esses três modais somam perto de 18 milhões de passageiros por dia. Outras capitais e regiões também participarão. Em outras áreas, bancários, metalúrgicos e professores, entre outros, também confirmam presença na paralisação nacional, além dos estudantes. “Se não respeitar e não negociar com a classe trabalhadora, este país certamente vai parar”, afirmou o presidente interino do Sindicato dos Motoristas de São Paulo, Valmir Santana da Paz, o Sorriso, anfitrião do encontro, na região central da capital. “Estamos preparando uma luta para enfrentar um governo que é anti-trabalhador. Jamais vamos aceitar reforma sem diálogo. Não pode ser para tirar do pobre e dar para o rico”, acrescentou. Apenas os ônibus urbanos transportam, em média, 10 milhões de passageiros por dia.

O coordenador-geral do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Wagner Fajardo, lembrou que a greve foi aprovada por unanimidade, em assembleia na última quinta-feira, a partir da 0h de sexta-feira. Atingirá as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata, mas segundo ele a entidade tentará também interromper atividades nas linhas 4-Amarela e 5-Lilás, privatizadas. “Nossa expectativa é de que será uma resposta contundente ao governo”, disse Fajardo, lembrando da greve de abril de 2017. “O Metrô não consegue fazer o sistema funcionar completamente. Conseguiu (em 2017) fazer funcionar algumas linhas, mas não tinha gente para transportar”, lembrou. Segundo ele, dos 5 milhões de pessoas transportadas habitualmente por dia, naquela paralisação só 50 mil usaram o sistema.

Durante a plenária, vários dirigentes manifestaram preocupação com a adesão de outras categorias à greve geral, temendo certo “isolamento” do setor de transporte, sempre visado pelas empresas e autoridades. Representantes das centrais garantiram participação geral. “Não é uma greve dos transportes, é de todos os trabalhadores contra a reforma da Previdência. Temos certeza de que as várias categorias organizadas pelas centrais e seus sindicatos vão participar”, afirmou Fajardo.

A íntegra das informações está disponível no site Rede Brasil Atual.

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