A taxa de informalidade no interior do Brasil (62,4%) é maior do que nas regiões metropolitanas e atinge 20,8 milhões de trabalhadores e de trabalhadoras empregados do setor privado e trabalhadores domésticos, sem CNPJ e sem contribuição para a previdência oficial (empregadores e por conta própria) ou sem remuneração (auxiliam em trabalhos para a família). No país, 36,3% dos trabalhadores estão nessa condição.

Os dados divulgados nesta quarta-feira (24) são de um levantamento feito pelo IBGE a partir dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). De acordo com o levantamento, no primeiro trimestre de 2019 o desemprego no interior foi menor do que nas regiões metropolitanas em 18 estados. A taxa de desocupação do país foi de 12,7%, enquanto em apenas 10 regiões de interior foi registrado desemprego maior que o índice nacional. O problema nessas regiões é a qualidade do emprego gerado, sem direitos e com salários menos da metade do que recebem os trabalhadores de Regiões Metropolitanas.

Para o diretor-adjunto de Pesquisas do IBGE e especialista em trabalho e rendimento, Cimar Azeredo, a perda de cerca de quatro milhões de empregos com carteira de trabalho assinada em cinco anos em função principalmente da crise econômica iniciada em 2014/2015, é das razões do aumento da informalidade. “O efeito colateral disso foi o aumento expressivo da informalidade em todas as regiões do país”.      

A íntegra das informações está disponível no site da CUT.

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