Em mais um discurso desrespeitoso e violento, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) prometeu “acabar com o cocô do Brasil”, em visita a cidade de Parnaíba, no Piauí, nessa quarta-feira (14). Segundo ele, “o cocô é essa raça de corruptos e comunistas”, prometendo ainda “varrer essa turma vermelha do país”. Na avaliação do professor da Fundação Escola de Sociologia e Política Paulo Silvino, as falas “escatológicas” de Bolsonaro vão além do constrangimento e representam “desrespeito, despreparo e descompromisso” com o Brasil.

Em entrevista aos jornalistas Marilu Cabañas e Glauco Faria, para o Jornal Brasil Atual, nesta quinta-feira (15), Silvino diz que esse tipo de discurso agressivo, que mantém o “tom de campanha”, serve para encobrir a falta de propostas de Bolsonaro para o país. “É uma pobreza de vocabulário, de argumentação. É uma pobreza extrema em termos de planos. Não podemos mais continuar com esse espírito de campanha. Começou um novo governo. É preciso ter um projeto. Não adiantam falas dessa natureza, que o tempo todo ofendem a oposição e os que não estão com ele. Isso não gera emprego, não acaba com a crise, nem faz chegar o pão na mesa do trabalhador. É lamentável.”

Complacência

Como presidente, Bolsonaro segue repetindo o padrão verbal que adotava quando era deputado. Silvino critica a permissividade da classe política, como um todo, com a falta de decoro do atual presidente, que tem longo histórico de declarações polêmicas, sem ter sofrido sanções significativas. “A classe política, em especial a esquerda, e todo aquelas pessoas públicas que tiverem compromisso com o país e com a Constituição, precisam deixar claro a sua posição de repúdio e não aceitação de posições como essas que a gente assiste, lamentavelmente, semanalmente”.

A íntegra das informações está no site Rede Brasil Atual.

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