Bastaram apenas oito meses de governo para a maioria do eleitorado se arrepender da barbaridade que cometeu em outubro do ano passado, ao dar a vitória a Jair Bolsonaro para derrotar o PT. Esta é a revelação mais importante da nova pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira, que resume os demais índices, todos eles negativos para o capitão reformado do Exército que derrotou o professor Fernando Haddad. Se a eleição fosse hoje, informa o levantamento, Haddad derrotaria Bolsonaro por 42% a 36%, fora da margem de erro. Com sua popularidade derretendo, o presidente ainda é aprovado por apenas três entre cada dez brasileiros. A avaliação positiva de ótimo/bom despencou para 29%, enquanto a de ruim/péssimo subiu de 3% para 38%.

Diante desses números, qual foi a reação de Bolsonaro ao sair do Alvorada, hoje cedo, e se debruçar no gradil do chiqueirinho dos repórteres? “Alguém acredita no Datafolha? Você acredita em Papai Noel? Outra pergunta!”, disparou o ocupante do Palácio do Planalto, como se os repórteres fossem culpados pelo estrago na sua imagem.

Na análise dos diretores do Datafolha que acompanha a pesquisa, Mauro Paulino e Alessandro Janoni resumem a ópera: “Com tom belicoso, Bolsonaro arrisca pregar apenas para convertidos”. À medida em que desce a ladeira, porém, ele vai ficando cada vez mais beligerante e não dá o menor sinal de que pretende se comportar como um presidente da República.

Para 32% do eleitorado, ele não está à altura do cargo “em nenhuma situação”. A erosão da aprovação a Bolsonaro se deu em todas as faixas etárias, níveis de renda e regiões do país. No nordeste, a rejeição ao presidente já chega a 52%. A rejeição ao presidente se dá principalmente entre mulheres (43%), eleitores com renda superior a 10 salários mínimos (46%), desempregados (48%) e pretos (51%).

Evangélicos neopentecostais (46%) e empresários (48%) estão entre os que mais o apoiam ainda. Bolsonaro é o mais mal avaliado entre os presidentes eleitos nos primeiros oito meses de mandato: tem 38% de ruim/péssimo, contra 15% de FHC, 10% de Lula e 11% de Dilma.

As informações são do site Brasil247.


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