A palavra de ordem foi bem clara: unidade. Ecoou em praticamente todas as falas dos representantes de movimentos sociais e estava impressa na faixa que vinha à frente da caminhada que marcou, simultaneamente, a XII Marcha Estadual Pela Vida e Pela Liberdade Religiosa do RS e a abertura do 2º Fórum Social das Resistências, que está sendo realizado em Porto Alegre entre os dias 21 e 25 de janeiro. “Hoje, a XII Marcha Estadual Pela Vida e Pela Liberdade Religiosa do RS está unificada com o Fórum Social das Resistências nessa ideia de que os povos precisam se juntar. O povo de terreiro, o povo indígena, o povo ribeirinho, o povo de santo, enfim, todos os povos, principalmente aqueles que são marginalizados, são excluídos e estão vivenciando um momento difícil no Brasil. Mais do que nunca, é preciso vivenciar essa experiência de estar junto para poder pensar uma alternativa, acreditando que um outro mundo realmente ainda é possível”, disse Olumide Betinho, representante dos povos de matriz africana, fazendo referência ao slogan histórico do Fórum Social Mundial.

A combinação das duas marchas em uma só reuniu centenas de pessoas no início da noite desta terça-feira (21) em Porto Alegre. Inicialmente, com uma concentração no Largo Glênio Peres, representantes de movimentos sociais envolvidos nos dois eventos se alternaram em falas, sempre destacando a necessidade dessa unidade. Por volta das 18h30, os participantes iniciaram uma caminhada pela Borges de Medeiros até o Largo Zumbi dos Palmares, onde a marcha foi encerrada.

Para o ex-governador e ex-prefeito Olívio Dutra, a marcha dessa terça-feira é uma demonstração da vontade permanente dos setores organizados do povo de se organizarem e ampliarem suas forças. “Nós temos que demonstrar que tem um caminho sendo seguido para ser ampliado e fortalecido. O objetivo estratégico dessa luta é a reconquista da democracia e o permanente aperfeiçoamento das instituições, inclusive dos poderes. O povo tem que ser sujeito e não objeto desse processo. O Fórum das Resistências é uma afirmação do protagonismo do povo na construção da política e de políticas em todas as áreas”, disse.

A íntegra das informações está disponível no site Sul21.

Faixa com os dizeres “Unidxs seremos fortes” abriu a caminha que uniu as marchas de abertura do Fórum Social das Resistência e da luta contra a intolerância religiosa
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