Neste 9 de fevereiro é celebrado o Dia da Internet Segura, com o objetivo de orientar a população sobre o uso consciente da rede. O espaço virtual é um mundo de oportunidades e ferramentas de aprendizado, a partir de conhecimentos globais interligados. No entanto, o ambiente pode se tornar extremamente perigoso ao também ser palco de pessoas mal-intencionadas, conteúdos inapropriados, discurso de ódio, golpes e vazamentos de dados, entre outros.

O tráfego de pessoas na internet aumento ainda mais durante a pandemia. Um exemplo de problema ligado a este período pandêmico está associado ao uso do aplicativo do Auxílio Emergencial para trabalhadores informais. O pesquisador em segurança e privacidade de dados, Rodolfo Avelino, relata, por exemplo, que uma semana após a aprovação do benefício, a loja de aplicativos do Google registrou mais de falsificações de 20 apps do auxílio.

Além do ataque de fraudadores, outro eixo da segurança de dados é a questão da vigilância e privacidade dos usuários da rede que estão sob o controle do Estado. No Brasil, em parceria com cinco operadoras de telefonia, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), tem acesso a dados de geolocalização de celulares para monitorar os deslocamentos da população desde abril de 2020.

Para Avelino, o problema é que não há garantias de que os dados serão mantidos em anonimato ou não serão utilizados para outros fins, uma vez que os brasileiros estão “órfãos” de proteção legislativa em torno destas tecnologias. O exemplo expressivo mais recente foi o vazamento de 223 milhões de CPFs, 40 milhões de CNPJs e 104 milhões de registros de veículos de brasileiros, cuja origem ainda é desconhecida.  “Não é possível garantir, por exemplo, que os dados que eu alimentei no ‘robozinho’ Ministério da Saúde não possam ser utilizados para outras finalidades. Eu não consigo porque está no ambiente deles e eu não tenho acesso ao ambiente deles. Nesse sentido, a legislação é fundamental”, ressalta.

A íntegra das informações está disponível no site Brasil de Fato.

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