Em apenas 15 dias do mês de março, a covid-19 já fez mais vítimas fatais no Rio Grande do Sul do que em todo o mês de dezembro, até então o recordista em número de mortes. Nas duas primeiras semanas de março, 2.360 pessoas perderam a vida em decorrência do coronavírus, enquanto em todo o mês de dezembro foram 2.088 vítimas.

O momento mais grave da crise do coronavírus no Estado revela uma série de indicadores que apontam para uma possível mudança no curso da pandemia no Rio Grande do Sul. Os primeiros 15 dias de março, por exemplo, mostram que morreram 388 pessoas sem comorbidades, mais do que o dobro das 183 vítimas de dezembro.

A mortalidade em março também aumentou muito entre os não idosos, ou seja, pessoas com menos de 60 anos de idade. São 609 vítimas fatais até o momento, sendo que foram 407 em todo o mês de fevereiro, 376 em dezembro e 333 em agosto — mês do pico da primeira onda da pandemia no Estado.

O farmacêutico Eduardo Viegas da Silva, membro da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde, avalia que o aumento dos casos de internação e morte entre a população não idosa pode estar relacionado à falta de cuidado com as medidas básicas de proteção, como uso de máscara e evitar aglomerações. Apesar do crescimento expressivo entre as vítimas com menos de 60 anos, a covid-19 segue sendo uma doença mais grave entre idosos.

“Os jovens estão sendo mais atingidos agora por conta da maior circulação do vírus”, disse Viegas, durante debate promovido nessa terça-feira (16) pelo governo estadual para apresentar dados da crise sanitária no RS. “É provável que a ascensão do espalhamento (do vírus) tenha afetado mais pessoas no perfil de quem também circula mais”.

A íntegra das informações está disponível no site Sul21.

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