Profissionais que atuam na porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS), e que já sofriam com a precarização, estão sob condições de crescente vulnerabilidade com a pandemia do coronavírus. Faltam equipamentos de proteção, treinamento e até água e sabão.

Uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz ouviu trabalhadores da enfermagem, agentes de combate a endemias, médicos e psicólogos que estão na Estratégia de Saúde da Família (ESF), nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). As conclusões são de que parte dessas categorias trabalham sob vínculos empregatícios frágeis, pouco acesso a Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), sem orientação e relatam sentimentos de angústia e tristeza. Dos mais de 250 entrevistados, todos atuando na cidade do Rio de Janeiro, mais de 14% estão em contrato temporário; 3,9%, recebem remuneração por bolsas, nos moldes de residência, são contratados como pessoas jurídicas ou têm outros tipos de vínculos.

A pesquisadora Regimarina Reis afirma que foram notados “vínculos empregatícios que não asseguram a estabilidade e o acesso a direitos trabalhistas para esses profissionais. O que expõe os trabalhadores à vulnerabilidade e insegurança, inclusive em caso de necessidade de afastamento por covid-19”.

Regimarina, que é uma das coordenadoras do estudo, complementa, “esse dado chama mais atenção ainda se nós notarmos a ampla exposição dos trabalhadores aos riscos, evidenciada pelos problemas de acesso a uso de EPIs durante a pandemia”.

A íntegra das informações está disponível no site Brasil de Fato.

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