Municípios gaúchos realizam Dia C neste sábado (19) para estimular vacinação de crianças

A baixa adesão à vacinação infantil no Rio Grande do Sul às vésperas da volta presencial das aulas e com o aumento de internações hospitalares dos pequenos, situação comum em todo o país, tem causado preocupação de especialistas e setores envolvidos. Até o momento, o RS vacinou com a primeira dose 259 mil crianças de cinco a 11 anos, cerca de 27% da população estimada dessa idade (964 mil crianças). Um esforço para ampliar a cobertura vacinal será realizado neste sábado (19) em todo o estado, o chamado Dia C de vacinação contra a covid-19 em crianças.

O cenário de relutância dos pais para vacinarem seus filhos é agravado com a campanha de desinformação de grupos antivacinas e do presidente Jair Bolsonaro (PL). Fato grave visto o alto nível de transmissão da variante ômicron e as sequelas da covid longa. Em entrevista, o pediatra Alexandre Bublitz, que atua na linha de frente da batalha contra o coronavírus em Porto Alegre, avisa aos pais recalcitrantes que o perigo não é a vacina, mas a covid-19. “Se uma criança não vacinada pegar covid pode ter problemas no coração, pode ter problema no pulmão, pode ter um AVC, por exemplo. São riscos muito maiores do que os riscos causados pela vacina. E são muito mais frequentes também. E é por isso que a gente repete: vão vacinar as crianças. É seguro”, alerta o pediatra.

Na transmissão realizada pelo governo estadual nessa quinta-feira (17) sobre a vacinação infantil, quando foi anunciado o Dia C, o governador Eduardo Leite enfatizou a necessidade dos responsáveis por crianças e gestores municipais estimularem a imunização. “Não é normal que tenhamos crianças acometidas de uma doença que leva a óbito”, disse. “O processo de vacinação é uma ação individual, mas com efeito coletivo”, completou.

A secretária adjunta da Saúde, Ana Costa, frisou a importância de se criar estratégias que envolvam e tranquilizem os pais ou responsáveis. “É importante os municípios terem ações como a vacinação extramuros [fora dos postos de saúde], alinhamento com escolas e outras alternativas para alavancarmos a campanha no Estado”, comentou.

A íntegra das informações está disponível no site Sul21.