Mais da metade da população brasileira convive com insegurança alimentar em 2022 e 33,1 milhões não têm o que comer, revela pesquisa conduzida pela Rede PENSSAN. O contingente de pessoas com renda de até R$ 497 mensais atingiu 62,9 milhões em 2021, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Além disso, mais de 10 milhões de brasileiros estão desempregados, apontam dados do IBGE.

Frente a essa grave situação, centrais sindicais e movimentos sociais promovem, neste sábado (9), em Porto Alegre, a Marcha Contra a Fome, a Miséria e o Desemprego. O início da marcha está marcado para as 13h30, com concentração no Largo Glênio Peres, no Centro Histórico, com saída da caminhada prevista para as 14h30.

2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, lançado neste ano, apresentou a situação da insegurança alimentar no país, que atinge 58,7% da população, tendo retornado ao patamar da década de 1990. A pesquisa revela que a fome dobrou em lares onde têm crianças de 0 a 10 anos, e é mais severa nos lares chefiados por mulheres. O estudo também destaca a situação da fome na agricultura familiar. As formas mais severas estavam presentes em cerca de 38% dos domicílios de agricultores familiares.

Um dos fatores destacado no inquérito que contribui para o alto índice de insegurança alimentar está ligado ao desemprego. O país registrou, no trimestre que encerrou em maio, 10,6 milhões de desempregados, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) do IBGE.

Mesmo na região Sul do país, a menos afetada, os sinais do quadro da fome preocupam, com quase metade da população vivendo com algum grau de insegurança alimentar. É o que destaca Juliano de Sá, presidente do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do RS (Consea/RS), uma das entidades que se somam à manifestação de sábado. “Nesses 48,2% das casas no estado falta comida, ou as pessoas estão se alimentando de forma insuficiente ou não têm certeza da próxima refeição. Nesse cenário nós temos as pessoas que não têm nada para comer e as pessoas que não estão se alimentando em quantidade suficiente, que já são mais de 21% da população gaúcha”, afirma.

A íntegra das informações está disponível no site Brasil de Fato.

 

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