Novo livro de David Stival aborda a relação da educação no campo e o MST

O professor David Stival, titular da Universidade LaSalle, está lançando o livro “A Educação no Campo e o MST: trabalho e práticas sociais com assentados da reforma agrária”, pela Editora Vozes. Filósofo, mestre e doutor em Educação, Stival tem uma longa trajetória junto aos movimentos sociais ligados ao campo, desenvolvida em paralelo com a carreira acadêmica.

Na nova publicação, ele aponta a necessidade de abordar a educação no campo a um projeto de agricultura autonomista, sustentável, responsável e orgânica, respeitando e preservando a natureza. Desta forma, alimentando a Esperança do verbo Esperançar, conforme ensinou Paulo Freire.

Responsável pelo prefácio, Frei Sérgio Görgen aponta o livro como “um registro imprescindível para o futuro do campo brasileiro, para a organização social e econômica camponesa, para a educação no campo; mas, além disso, uma inspiração, um registro de práticas e uma base teórica para alavancar uma revolução necessária para o conjunto da Educação no Brasil, numa perspectiva soberana e transformadora”. Para Görgen, a experiência narrada e analisada por Stival no livro, representa “o coração vivo e o cérebro lúcido de Paulo Freire pulsando e pensando no Brasil profundo de uma escola de assentamento”.

A publicação deriva da tese de doutorado de Stival, onde o objetivo centrou-se em identificar e descrever as contribuições das práticas pedagógicas da Escola Municipal de Educação Fundamental Rui Barbosa, localizada no assentamento Capela, no município de Nova Santa Rita (RS), para vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social decorrentes do projeto de sustentabilidade produtiva e de formação cidadã de seus educandos. “O livro, através da pesquisa e da fala dos camponeses assentados, aponta um novo caminho, de contra-hegemonia, que nos dá esperança de uma educação libertadora que modifica este agricultor num novo sujeito social com autonomia e cidadania, em processo de decolonialidade que supera a condição estrutural que Freire chamou de caráter Colonial”, aponta Stival na apresentação da obra.

A íntegra das informações está disponível no site Brasil de Fato.