O governo federal anunciou o repasse de R$ 430 milhões para ações emergenciais de enfrentamento à estiagem que abala o Rio Grande do Sul. Os recursos serão destinados às áreas da agricultura, desenvolvimento social e defesa civil. As medidas serão detalhadas por uma comitiva de ministros às 14h desta quinta-feira (23), na Comunidade N. Sra. De Fátima (Assentamento Copaul), em Hulha Negra. A região é uma das mais castigadas pela estiagem que afeta 400 municípios no Estado pela terceira safra consecutiva. Mais de 300 municípios decretaram situação de emergência, sendo que cerca de 200 já foram homologadas pelo governo federal. A estimativa do governo federal é de que as ações emergenciais beneficiem até 30 mil famílias gaúchas.

As maiores perdas afetam as culturas de soja e milho, ambas fundamentais para a economia do município. Também há comprometimento da produção de mel e prejuízos na pecuária de leite. Os impactos atingem pelo menos 1,2 mil propriedades rurais, sendo que mais de 800 são pequenos e estão em assentamentos.

Segundo o Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), o prejuízo estimado é de quase R$ 5 milhões na pecuária de leite e de corte. Somados os danos nas lavouras, o impacto econômico ultrapassa R$ 38 milhões. Ainda segundo a Emater, somente na soja, as perdas já alcançam 40% na produção de Hulha Negra. “São R$ 430 milhões para ações emergenciais que envolvem abastecimento de água, combate à fome emergencial e garantia de subsistência mínima para as famílias atingidas. Entre outras coisas, para poder garantir parte do rebanho que está morrendo por falta de água e por falta de alimento. Existe um conjunto de outras medidas estruturantes, em vários ministérios, e uma absoluta disposição de constituir um grupo de trabalho com o governo do estado, com as prefeituras, com as entidades do setor, para debatermos nos próximos dias medidas complementares”, afirmou Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), durante o anúncio dos recursos ainda em Brasília, nessa quarta-feira (22).  “Na área da agricultura familiar, vamos criar uma segunda parcela do Crédito Instalações no valor de R$ 5.200 para cada agricultor enfrentar o tema do milho que precisa comprar, ração para animais e infraestrutura na propriedade. A ideia é atender dez mil famílias. Além disso, vamos conceder crédito para 40 mil agricultores no valor de R$ 6 mil”, explicou Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).

Para agricultores de baixa renda incluídos no Cadastro Único do Governo Federal, haverá um repasse emergencial extra, via Bolsa Família, de até R$ 2.400 a mais para 10 mil famílias, num investimento estimado em R$ 25 milhões. “É um valor voltado para agricultores familiares, indígenas, quilombolas, mediante um acompanhamento da rede de assistência técnica. Um recurso para amenizar as perdas e voltado para a produção”, anunciou Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

A íntegra das informações está disponível no site Sul21.

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