O livro “25 anos da Agricultura Familiar na Expointer – do desafio ao sucesso” será lançado dia 26 de agosto, às 17h30min, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, com uma homenagem aos pioneiros da introdução da agricultura familiar no espaço da tradicional exposição. Inserido na programação que celebra o sucesso de um dos pavilhões mais atrativos do Parque de Exposições Assis Brasil, de Esteio, o livro realiza um resgate da inclusão da agricultura familiar no espaço público da Expointer, promovida pelo governo Olívio Dutra que tomou posse em 1999. Encenada em Esteio desde 1970, a exposição era administrada, até então, pelos fazendeiros e criadores de gado vinculados à Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul).

Contrariada com a nova política do governo Olívio Dutra defendendo a condição pública do espaço, pregando a não exclusão de nenhum segmento agropecuário e questionando a tradicional imposição latifundiária na feira, cuja origem remete à 1901, a direção da Farsul aventurou-se em uma tentativa de boicote ao evento, ameaçando impedir a participação de animais justo na exposição de … animais!

Por cerca de duas semanas, a imprensa repercutiu a promessa de boicote. Mas a tentativa estava condenada ao natural fracasso, pois contrariava a atividade econômica dos cabanheiros que vendiam seus animais na feira e não se sensibilizaram com o pretexto de que uma ocupação de terras na distante Hulha Negra repercutiria em Esteio.

O governo continuou com os preparativos para inaugurar o evento no dia 28 de agosto de 1999, com inovações no conceito, na estrutura e na gestão, para construir o que o secretário de Agricultura e Abastecimento da época, José Hermeto Hoffmann, apostava que seria uma Nova Expointer. E a mais democrática e inclusiva do século que findava. O governo não defendia, de modo solitário, a proposição da Expointer mais diversificada. O apoio público de algumas lideranças foi fundamental para o desfecho que permitiu a abertura da exposição exatamente na data programada.

Como se verificou nos anos seguintes, o primeiro e modesto estante rústico da agricultura familiar, que instalou-se daquele ano inaugural sem pompa cerimonial, logo foi aprimorado para ser aclamado como o pavilhão mais atrativo da Expointer. Foi copiado por outras exposições estaduais e elevou-se ao patamar nacional no governo Lula.

Esta recuperação do contexto dos primórdios do fenômeno de sucesso, entretanto, só foi possível graças aos registros impressos produzidos pela área de comunicação do governo estadual. Informativos, revistas, folders e, sobretudo, o jornal O Estado do Rio Grande do Sul (que circulou de 1999 a 2002) são os únicos documentos históricos disponíveis que restaram daquela gestão, para preencher lacunas dos arquivos dos órgãos públicos destinados a preservar a memória pública riograndense.

A pesquisa vasculhou arquivos, adquiriu fotografia inédita, comprou visionamento de imagens da TVE/RS, consultou os protagonistas, ouviu depoimentos dos mais de uma dezena de pioneiros expositores e evocou lembranças dos organizadores de um evento inédito de novo formato.

Por fim, adicionou subsídios gerados por estudiosos que se dedicaram a analisar aspectos decorrentes da mudança do perfil da Expointer. A publicação da Evangraf com 170 páginas foi concebida e elaborada por uma uma comissão constituída de dirigentes do primeiro escalão da SAA da época, liderada pelo titular da pasta, José Hermeto Hoffmann, Angelo Menegat, Inácio Benincá e David Stival, com colaboração especial de Ailton Croda. A organização editorial foi do jornalista André Simas-Pereira; com projeto gráfico da designer Cristina Pozzobon e ilustrações de Edgar Vasques e Santiago. O apoio financeiro é do Sindicato de Máquinas Implementos Agrícolas no RS (Simers).

As informações são do site Sul21.

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