Em 1977, o professor especializado em tecnologia Marcelo (Wagner Moura), que foge de um passado misterioso, volta ao Recife em busca de tranquilidade, mas percebe que está sendo espionado. Esse é o enredo de O Agente Secreto, filme de Kleber Mendonça Filho, que disputa a Palma de Ouro no 78º Festival de Cannes. Esse foi um dos temas do encontro entre o cineasta e a ministra da Cultura, Margareth Menezes, na tarde dessa terça-feira (15).
É terceira vez que Kleber tem um trabalho na mostra competitiva do evento – em 2016, competiu com Aquarius, e em 2019 venceu o Prêmio do Júri com Bacurau, codirigido por Juliano Dornelles, honraria dividida com o francês Os Miseráveis.
A ministra ressaltou que o cinema brasileiro vive uma boa fase, coroada com o Oscar de melhor filme internacional para Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, além do sucesso das produções nacionais. “Esse momento é muito relevante, com o povo voltando a querer ver os filmes brasileiros. Temos mil motivos, e o próprio povo também, para irradiarmos essa volta e o interesse pela nossa cultura”, comentou Margareth, que estava acompanhada da secretária do Audiovisual, Joelma Gonzaga.
O Agente Secreto é uma coprodução entre Brasil, França, Alemanha e Holanda. O longa-metragem conta ainda com apoio do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), mecanismo administrado pelo Ministério da Cultura (MinC) e pela Agência Nacional do Cinema (Ancine), que busca fortalecer a indústria audiovisual brasileira. O filme chega aos cinemas brasileiros no segundo semestre.
O cineasta destacou a importância das políticas públicas para o audiovisual para essa visibilidade que o cinema brasileiro vem obtendo no exterior. “O investimento na divulgação da cultura brasileira e na sua produção faz parte de diretrizes que estão na Constituição. Eu sou um cidadão brasileiro que trabalha com cultura e acredito 100% no investimento de um país na sua cultura”, declarou.
Ele salientou que países como França, Alemanha, países da Europa, Coreia do Sul, Canadá e México fazem isso. “É um caminho comum e conhecido e que sofreu uma interrupção anos atrás que foi um ataque à cultura do país. O que temos hoje é uma política que apoia a cultura e que considero totalmente digna e muito inteligente”.
A íntegra das informações está disponível no site do Ministério da Cultura.
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