Com o propósito de documentar e valorizar práticas das religiões de matriz africana, combater a intolerância religiosa e ampliar o acesso a conteúdos culturais inclusivos, o projeto Memória, Orgulho e Identidade tem se destacado no norte do Rio Grande do Sul. Contemplado pela Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), a iniciativa teve início em março de 2025 e já realizou importantes ações.
A primeira etapa do projeto envolveu visitas a seis casas religiosas – cinco em Passo Fundo e uma em Carazinho – onde foram conduzidas entrevistas com lideranças espirituais, registros fotográficos e audiovisuais, além de rodas de conversa e escuta ativa. “Fazer cultura no interior já é difícil. Fazer um projeto sobre religiões de matriz africana só foi possível por causa da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento (PNAB). Essa política dá acesso a quem nunca teve: pessoas pretas, pardas, indígenas, periféricas, LGBTQIA+, como eu”, destaca o idealizador Nicolas Lian.
Ele também conta que o intuito do projeto é dar visibilidade aos povos de terreiros e ressalta a receptividade das lideranças religiosas. “Quando a gente chegou nos terreiros, a vontade das lideranças de falar, de contar suas histórias, de desmistificar os preconceitos foi enorme. Eles vivem a intolerância todo dia, e mesmo assim recebem a gente com generosidade, com verdade. Cada terreiro tem sua forma de pensar, de praticar, de viver — e isso mostra como há uma diversidade imensa dentro das próprias religiões afro-brasileiras, que quase ninguém conhece porque nunca tem espaço”.
A íntegra das informações está disponível no site do Ministério da Cultura.
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