Policiais civis do Rio Grande do Sul estão convocando para esta terça-feira (8h) o início de uma paralisação de 48 horas com o objetivo de sensibilizar o governo de Eduardo Leite (PSDB) a abrir uma negociação efetiva com a categoria. Os policiais reivindicam reposição das perdas inflacionárias, que ocorreram apenas uma vez nos últimos cinco anos, e o descongelamento de promoções.

A paralisação foi definida em reunião do Conselho de Representantes da UGEIRM, sindicato que representa os agentes de polícia — inspetores, escrivães e investigadores –, realizada no dia 18 de julho. “A situação da categoria chegou a um limite intolerável. Estamos há mais de um ano e meio sem promoções e mais de cinco anos com apenas 6% de reposição salarial. Além disso, tivemos a equiparação salarial entre os Comissários de Polícia e os Capitães da BM quebrada pelo governo Eduardo Leite”, diz Isaac Ortiz, presidente da UGEIRM.

Além da paralisação, que iniciou a partir da meia-noite desta terça, os policiais civis se concentrarão em frente ao Palácio da Polícia, em Porto Alegre. No interior e região metropolitana, os policiais se concentram em frente às suas delegacias, ou local de trabalho.

A orientação do sindicato é para que não haja circulação de viaturas. Não haverá cumprimento de mandados de busca e apreensão, mandados de prisão, operações policiais, serviço cartorário, entrega de intimações, oitivas, remessa de inquéritos ao Poder Judiciário e demais procedimentos de polícia judiciária.

As Delegacias de Pronto Atendimento (DPPAs) e plantões somente atenderão os flagrantes e casos de maior gravidade, como: homicídios, estupros, ocorrências envolvendo crianças, adolescentes e idosos, Lei Maria da Penha, além daquelas ocorrências em que os plantonistas julgarem imprescindível a intervenção imediata da Polícia Civil.

Ortiz ressalta que os policiais não estão fazendo um movimento para prejudicar a população. “Pelo contrário, nossa mobilização é para garantir uma segurança de qualidade ao povo gaúcho. A nossa categoria vem sofrendo enormemente com os ataques do governo, estamos adoecendo devido às péssimas condições de trabalho e à sobrecarga causada pelo déficit histórico de efetivo. Os casos de adoecimento e, até mesmo, suicídio vem crescendo entre os policiais civis”, afirma.

As informações são do site Sul21.

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