Apesar de não anunciar a parceria oficialmente, a revista Veja publica, em sua edição que chega às bancas nesta sexta-feira (28), matéria baseada nos vazamentos do The Intercept das conversas entre o então juiz federal e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, e o procurador federal Deltan Dallagnol, que pode complicar ainda mais a dupla. Nela, a revista conseguiu encontrar as duas testemunhas que teriam, segundo a conversa do juiz e do procurador e que não se confirmou, informações relevantes sobre negócios envolvendo a família do ex-presidente Lula.

Além de publicar a identidade das testemunhas, coisa que ninguém havia feito até o momento, a revista ainda conseguiu a confissão de uma delas de que foi, de fato, procurada pelo Ministério Público, conforme as instruções que Moro teria dado a Dallagnol nas conversas vazadas. A principal testemunha encontrada é o técnico em contabilidade Nilton Aparecido Alves, de 57 anos. Abordado pela reportagem de VEJA na tarde de quarta-feira, ele foi evasivo, assim como teria feito quando procurado por Dallagnol, conforme os diálogos vazados. “Não sei por que meu nome está nessa história. Alguém deve ter falado alguma coisa errada”, disse. Indagado sobre se teria informações referentes aos filhos de Lula e se havia prestado depoimento aos procuradores da Lava-Jato com relação ao tema, ele encerrou a conversa dizendo que não iria declarar mais nada.

O segundo personagem da história, também localizado por Veja, é o empresário Mário César Neves, dono de um posto de gasolina também em Campo Grande. Ele confirmou que, na época, em dezembro de 2015, um representante do Ministério Público Federal entrara em contato para pedir-lhe informações sobre o técnico em contabilidade Nilton Aparecido. “O pessoal do Ministério Público me ligou, não sei mais o nome da pessoa, mas ela queria saber quem era o Nilton, que serviços ele prestava e como poderia encontrá-lo”, contou.

Questionado sobre se ouvira do técnico em contabilidade algo referente a negócios do filho do ex-presidente, o empresário negou, assim como também teria feito com Dallagnol. Disse que desconhecia o assunto. Ele, porém, confirma que repassou ao Ministério Público o endereço e o telefone de Nilton. “Eu soube que o Nilton foi chamado para prestar depoimento logo depois dessa ligação para mim”, diz Mário. O empresário acrescenta que soube disso por meio de funcionários do escritório de Nilton, que trabalha para ele há mais de quinze anos.

A íntegra das informações está disponível no site da Revista Fórum.

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