Demitido do governo Jair Bolsonaro por não ter aberto a chamada “caixa-preta” do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), Joaquim Levy afirmou que o chefe do Planalto “tem uma preocupação com o tema”, mas “às vezes as pessoas talvez passem informações incompletas (para ele) e houve mal-entendidos”. Questionado sobre a situação do banco ao chegar à presidência da instituição, Levy disse que “os desembolsos para exportação de engenharia estavam paralisados, já havia algum tempo”. 

Levy encontrou o banco sob desmonte contínuo, iniciado após o golpe contra Dilma Rousseff em 2016, quando a agenda neoliberal voltou com força sob o então governo Michel Temer, que, assim como o atual presidente Jair Bolsonaro, vê mercado financeiro como o grande proveder de obras de infraestrutura do país. Já em 2017, funcionários do banco criticaram a mudança em curso na metodologia de cálculo da TJLP, que prevê que a taxa de juros do banco flutue como uma taxa de mercado. O vice-presidente da Associação dos Funcionários do BNDES, Arthur Koblitz, também havia ressaltado que o governo Bolsonaro usa recursos do banco para pagar a dívida bruta.

Após destacar a paralisação de algumas operações do banco, Levy disse que “algumas exportações, como as do porto Mariel (Cuba), já tinham finalizado”. “O principal item que o TCU aponta é a questão de desequilíbrio do financiamento. A parte de serviços é grande e difícil de demonstrar, porque o processo da área de exportação do banco não foi desenhado para isso, mas para exportação de bens”, complementou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

Em junho deste ano, o presidente ameaçou Levy publicamente, nos portões do Palácio do Alvorada. Após acusar o então presiente do BNDES de desleal, Bolsonaro disse que Levy “está com a cabeça a prêmio há algum tempo” e revelou o motivo do que era possibilidade de demissão. 

A íntegra das informações está disponível no site Brasil247.

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