Nesta terça-feira (16), em frente ao Ministério da Educação (MEC), estudantes voltaram a expor indignação com a política de arrocho de Jair Bolsonaro (PSL) e protestaram contra o projeto que autoriza a cobrança de mensalidades em universidades públicas. Dentro do MEC, reitores das universidades federais estavam reunidos discutindo o tema.

A manifestação foi organizada pela União Nacional de Estudantes (UNE) e foi interrompida por agressões e spray de pimenta por parte da força policial. Um estudante foi detido acusado de depredação. Após negociação com advogados, o jovem foi liberado. 

O presidente recém-eleito da UNE, Iago Montalvão, fazia parte do grupo de manifestantes e afirma que o protesto foi pacífico. Segundo ele, os estudantes foram reprimidos enquanto tentavam se aproximar do Ministério para entregar suas reivindicações aos reitores de universidades reunidos no interior do prédio.

Em entrevista ao Brasil de Fato, o presidente da UNE afirmou que o número de policiais militares destacados para acompanhar o protesto era maior do que o normal. “Eles chegaram com esse contingente já sem nenhum diálogo, não procuraram nenhuma liderança do movimento para buscar algum diálogo. Já chegaram para retirar os estudantes daquele local, e aí foi quando eles apelaram para a agressão, para uma violência maior e jogaram spray de pimenta, usaram cassetetes, o que fez com a manifestação se dispersasse”, relata.

Após o chamado Tsunami da Educação, Montalvão afirma que a repressão policial não intimida a luta dos estudantes e conclama a população para a próxima agenda de mobilizações: “Para nós, o dia 13 de agosto é um dia importante, é a nossa principal mobilização a partir de agora. É quando a gente vai ter condições de mostrar para o Brasil a nossa indignação e então nós estamos nos organizando bastante para isso: para reunir os estudantes nas universidades e mobilizar para o dia 13”.

Consultada pela reportagem sobre sua versão do ocorrido, a Polícia Militar do Distrito Federal informou estar fora do expediente de trabalho e pediu para ser consultada novamente nesta quarta-feira (17). Também contatado, o MEC não respondeu até o fechamento desta versão.

A íntegra das informações está disponível no site Brasil de Fato.

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