Criado para amenizar o impacto da crise da covid-19 no Brasil, o auxílio emergencial vem passando por debates no legislativo e no executivo. Na última segunda-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro descartou o pagamento de R$ 600 do auxílio emergencial por mais três meses e afirmou que “a União não aguenta”, mais um montante de R$ 50 bilhões por mês para pagar a população. Na Câmara, o presidente Rodrigo Maia, defendeu a prorrogação do benefício no valor atual e por mais três meses.

Com a crise se estendendo, quem sofre é a população mais vulnerável que depende do benefício para superar o momento difícil do país. A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) defende ampliação do auxílio emergencial e vê com preocupação a decisão do governo de diminuir o valor. “Entendemos que o auxílio precisa continuar com um prazo maior e não apenas por apenas dois meses. Nessa decisão, vemos claramente que o governo não conhece a população como também não a respeita. O desemprego vai subir, a crise não vai acabar tão cedo e reduzir o auxílio irá prejudicar milhares de brasileiros”, afirmou o presidente da Fenae, Sérgio Takemoto.

A proposta ainda deverá ser discutida com a Câmara e com o Senado, mas nenhum projeto ainda foi enviado.

Indefinição para os beneficiários

Sem decisão sobre os próximos pagamentos do auxílio emergencial, há brasileiros que ainda não receberam as parcelas previstas pelo governo. A falta de organização está atingindo os trabalhadores inscritos para receber o auxílio emergencial pelo aplicativo da Caixa, pelo site ou os que estão no Cadastro Único. A terceira parcela segue ainda sem definição. E os inscritos no auxílio emergencial após 30 de abril também não sabem quando receberão a segunda e terceira parcela.

O presidente da Fenae destacou que a indefinição dos calendários prolonga o sofrimento da população. “É um desrespeito, após mais de três meses, o governo ainda não definir esse calendário. A população precisa desse benefício para conseguir atravessar essa crise”, criticou.

Na segunda-feira (22), começou o saque da terceira parcela do auxílio emergencial para os beneficiários do Bolsa Família com NIS (Número de Identificação Social) terminado em 4, seguindo o calendário do programa. Os finais 1, 2 e 3 que ainda não sacaram, poderão fazer nos próximos dias.

Mais de 2,6 milhões de pedidos ainda aguardam uma resposta. Cerca de 1,5 milhão de pessoas ainda estão passando pela primeira validação e 1,2 milhão estão passando pela segunda ou terceira análise de cadastro, segundo a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev).

As informações são do site da Fenae.

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