O CPERS iniciou, quarta-feira (27), em Taquara e Viamão, uma nova jornada de mobilização e diálogo com a categoria em todo o Rio Grande do Sul. A direção do sindicato percorrerá, até 5 de abril, os 42 núcleos da entidade para debater a Reforma da Previdência e pautas de reivindicações mais específicas da categoria, com destaque para a questão salarial. O objetivo dessa jornada é mobilizar e organizar a base para a luta contra o fim da aposentadoria e para participar da Assembleia Geral e Popular, marcada para o dia 12 de abril. Nesta Assembleia , a categoria decidirá os rumos da luta pela reposição salarial e recuperação das perdas, além de definir outros pontos da pauta de reivindicações que deve ser apresentada ao governo Eduardo Leite. “Precisamos brigar para que não tenhamos legiões de semi-escravos, por nós, por nossos filhos e por nossos netos. Se vocês não lutarem do nosso lado, ninguém vai substituir o lugar de vocês. Será um buraco na resistência”, afirmou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, na ETE Monteiro Lobato, de Taquara.

O advogado Marcelo Oliveira Fagundes, da assessoria jurídica do CPERS acompanhou o encontro em Taquara e detalhou os principais pontos da reforma da Previdência proposta pelo governo de Jair Bolsonaro. Segundo ele, o texto é repleto de armadilhas que penalizam o trabalhador. “Temos mais de 30 anos de experiência com direito público, e esta é a pior reforma da previdência que já vimos”, resumiu. Para o advogado, o caminho para barrar o fim da aposentadoria passa pela derrubada da íntegra da reforma. “Melhorar parcialmente e alterar regras vai deixar o debate mais difícil e jogar trabalhador contra trabalhador”, defendeu.

Em Taquara, Helenir Aguiar Schürer também apresentou números organizados pelo Dieese que apontam um brutal achatamento salarial entre diferentes níveis e classes do Plano de Carreira e na perda de mais de ¼ do poder aquisitivo de todos(as) os(as) funcionários(as) de escola e de professores(as) que não recebem o completivo do Piso.

Em outro encontro, realziado na Escola Estadual Isabel de Espanha, em Viamão, a secretária-geral do CPERS, Candida Rossetto defendeu a importância da unidade da categoria para enfrentar esses temas. “Nossa categoria está em situação de miserabilidade e de adoecimento. Precisamos nos mobilizar e nos apropriamos destas discussões. Não temos condições de trabalho e o mínimo de estrutura para manter a saúde, temos que transformar a nossa indignação em movimento”, afirmou.

A íntegra das informações está disponível no site Sul21.

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