Para denunciar recrudescimento da violência contra a mulher no estado e cobrar ações de combate do poder público, movimentos feministas do RS realizaram uma manifestação, nesta quinta-feira (25), Dia Internacional pelo Fim da Violência contra a Mulher. Reuniram-se em frente ao Palácio Piratini e à Assembleia Legislativa, em Porto Alegre, cobrando por políticas públicas contra o feminicídio.

Vítima de violência doméstica por 12 anos, Denise Medeiros de Bastos, representando o Coletivo Uma Mulher Ajuda a Outra, de Nova Santa Rita (RS), compartilhou sua história no intuito de que não aconteça com outras. Casou grávida quando era adolescente e sofreu violência física, psicológica e patrimonial. “Eu tive, durante o ano da minha formatura, meus livros e cadernos rasgados por cinco vezes. No dia da minha formatura eu apanhei. Foram inúmeras agressões, tentativas de afogamento”, conta.

“Um dia eu consegui dizer ‘basta’, peguei minhas coisas, saí e nunca mais voltei. É uma pena que muitas não tenham conseguido”, avalia. Segundo ela, o que falta para essas que não conseguem é “implementação de política pública, alguém que as ouvisse e dissesse que é possível”. Testemunha que encontrou força dentro dela e hoje quer “ajudar da melhor forma possível para que nenhuma mais caia”.

Denise conta que o Coletivo do qual faz parte foi fundado em março desse ano, durante a pandemia. “A gente via a necessidade das mulheres do nosso município serem ouvidas. Logo em seguida, começamos a campanha ‘Eu Meto a Colher’, que é contra a violência doméstica, tão abafada no nosso município. Sabemos que existe, conhecemos os agressores, mas as mulheres se sentem muito fragilizadas para falar sobre a agressão e sair daquela situação”.

A íntegra das informações está disponível no site Brasil de Fato.

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