As aulas na rede pública estadual gaúcha estão com retorno 100% presencial marcado para o dia 21 de fevereiro. O governo do Rio Grande do Sul emitiu uma nota informativa, em 31 de janeiro, com as medidas que serão adotadas para o retorno. O Centro dos Professores do Estado do RS (CPERS Sindicato) faz um alerta para a falta de segurança sanitária de alunos e trabalhadores para o retorno presencial.

O sindicato destaca que as aulas estão previstas para voltar em meio a uma nova onda de contágios por covid-19, desta vez com a variante ômicron mais transmissível, e sem medidas para conter o avanço. Além disso, a vacinação das crianças entre 5 e 11 anos está em fase inicial. Também reforça a precariedade estrutural das escolas públicas, o que aumenta a insegurança, como denunciou a Caravana do CPERS em novembro de 2021.

O CPERS dialogou com especialistas sobre o tema. Para a infectologista pediatra do hospital Moinhos de Vento, Fernanda Varela, as crianças estão sendo as mais afetadas pela ômicron, justamente por não estarem totalmente imunizadas. “Elas estão apenas iniciando sua vacinação e sabemos que ela terá seu impacto quando tivermos um grande número do público infantil com a vacinação completa, sem esquecer que ainda permanecemos com os menores de cinco anos não imunizados”, observou.

Para o chefe do setor de infectologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Eduardo Sprinz, o retorno das atividades presenciais pode causar um aumento ainda maior do número de casos. “Aumentando a mobilidade e a exposição das crianças, com o agravante de que temos uma cobertura vacinal ainda pequena, corre-se o risco do aumento significativo de casos”, explicou.

Para o especialista, o ideal seria adiar o início do ano letivo de 2022: “Por isso, uma medida mais prudente seria adiar o início das aulas por umas duas semanas para podermos proteger nossas crianças. Temos que pensar que elas que irão socializar mais e que o retorno das aulas gera maior circulação. Isso servirá como um combustível a mais para a pandemia”, avaliou.

A íntegra das informações está disponível no site Brasil de Fato.

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