Dezenas de pessoas com diferentes idades e estilos formavam uma fila que fazia a volta em dois ambientes do Bar Ocidente, em Porto Alegre. Ao lado da fila, camisetas e ecobags estampadas com a frase “Ninguém solta a mão de ninguém” estavam à venda. No salão principal, crianças corriam, lanchavam e dançavam ao som de vários estilos musicais, enquanto um jogo de luzes roxas iluminava o local. Dente elas, a pequena Laura interagia com todo mundo e volta e meia corria até o palco para mostrar um presente que havia ganhado ou contar algo para sua mãe. Foi nesse cenário que a ex-deputada Manuela D’Ávila lançou, na noite da última quarta-feira (27), seu primeiro livro, intitulado “Revolução Laura”, e o instituto “E se você fosse”, que busca promover um debate e combater notícias falsas geradas e veiculadas nas redes sociais.

Em entrevista ao Sul21, realizada minutos antes do início do evento no Ocidente, Manuela explicou que não foram somente as mentiras atreladas à sua imagem que a motivaram a criar um instituto com conteúdos que debatem de maneira didática o cenário das fake news e de ódio nas redes sociais. “Foi a incapacidade do resto da esquerda de perceber que aquilo [fake news] não era algo contra mim, ou contra o Jean [Wyllys] e contra a [Mária] Rosário. A maior parte do nosso campo político tratava como se pudesse ficar distantes dos sujinhos. Então nós éramos os sujinhos porque decidimos falar sobre aborto, sobre casamento gay, porque decidimos entrar nas pautas entre aspas identitárias”, afirma.

Manuela também pontuou que as notícias falsas são ferramentas que estruturam atualmente o fascismo no Brasil: “A forma como o fascismo se estrutura é a forma como eles desumanizam o nosso campo político para construir um monstro, como é o Bolsonaro. Me espanta o fato de as pessoas ignorarem essa realidade. Para mim, é uma história óbvia, mas muitas pessoas não têm a menor noção do quão relevante é hoje no Brasil o tema das fake news”.

A íntegra das informações está disponível no site Sul21.

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