O governo do Estado apresentou, nesta quarta-feira (10), estudo demonstrando que 54% das crianças que poderiam estar vacinadas estão desprotegidas contra a covid-19 no Rio Grande do Sul. Os dados são do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEV) da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e se referem a crianças entre 5 e 11 anos sem o esquema completo. Por esquema vacinal incompleto, entende-se sem a aplicação da primeira ou segunda dose da vacina. No momento, 314.144 ainda não receberam a primeira dose, o que equivale a 32,6% do total (964.268). Se forem acrescidos os não vacinados com a segunda dose (209.164), o número chega a 523.308 – o que resulta em 54% do público infantil desprotegido.

O estudo também levou em conta dados relacionados ao público adulto. Apenas 37% do público entre 18 e 29 anos e 49% das pessoas entre 30 e 39 anos receberam as três doses da vacina no Estado.

Segundo a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri, a falta de proteção deixa os grupos vulneráveis à ocorrência de Síndrome Respiratória Grave (SRAG) por covid-19. “São números que demonstram o status e a importância do esquema vacinal completo contra a covid-19 em todas as faixas etárias. Os dados também demonstram o risco aumentado de hospitalizações e óbitos para aqueles que estão em atraso com as doses”, afirmou.

Além disso, foram registrados 50,7 casos de SRAG a cada 100 mil habitantes entre a faixa etária dos 30 aos 39 anos, e 36,7 casos entre pessoas de 18 a 29 anos com o esquema vacinal completo, ou seja, com as três doses. Ao incluir a segunda dose de reforço (4ª dose), a ocorrência cai para 15,6 casos a cada 100 mil habitantes entre 18 e 29 anos, e para 26,9 casos no grupo dos 30 aos 39 anos. Isso significa que a chance de ter SRAG é 3,6 vezes maior no primeiro grupo e 4,1 maior entre as pessoas com idades entre 18 e 29 anos que não tomaram as três doses.

Dos 105 óbitos de covid registrado neste ano no RS, entre adultos com menos de 40 anos, 76 foram de pessoas com alguma comorbidades, como hipertensão arterial e doença renal crônica e que ainda não haviam recebido a dose de reforço. Já entre os vacinados com a quarta dose do imunizante, foram 19 mortes.

As informações são do site Sul21.

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