“Estão tornando a Justiça do Trabalho a vilã da vez. Mas a Justiça do Trabalho não tem partido, não tem ideologia; é um patrimônio constitucional de todos os brasileiros. Nós temos que ocupar todos os espaços possíveis para falar que essa não é uma instituição ‘cara demais’. Não estamos aqui para custo ou lucro. Estamos aqui, pois é dentro dessa casa onde se resolvem os problemas dos trabalhadores.” Carolina Hostyn Gralha, presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 4ª Região (Amatra IV), apontava para o prédio da Justiça do Trabalho em Porto Alegre enquanto discursava em manifestação em defesa da instituição. “Aqui se resolvem problemas de greve, de paralisações, de demissões em massa… Nós não podemos andar para trás. Desemprego se combate com investimento e desoneração da folha. Não com a extinção da Justiça do Trabalho, que cumpre um papel social”, completa.
Logo após ser empossado presidente, Jair Bolsonaro (PSL) foi entrevistado pelo SBT. Na ocasião, Bolsonaro usou exemplos do exterior para defender que os processos trabalhistas deveriam ir para a Justiça comum. Para o presidente, há um “excesso de proteção” aos trabalhadores. Além disso, foi questionado sobre a possibilidade de extinguir a Justiça do Trabalho, ao que respondeu: “Poderia fazer, está sendo estudado. Poderíamos discutir e, até mesmo, fazer uma proposta”.
Por conta disso, a Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (Abrat) convocou, em nível nacional, uma manifestação que aconteceu, simultaneamente, em 41 cidades, na segunda-feira (21) – dia que marca o retorno das atividades da Justiça do Trabalho. Os atos foram realizados em frente a instituições do Poder Judiciário. Em Porto Alegre, a manifestação aconteceu em frente ao prédio da Justiça do Trabalho, na avenida Praia de Belas.
A íntegra das informações está disponível no site Sul21.
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