Os trabalhadores das fábricas da General Motors (GM) no Brasil foram surpreendidos na última semana por um comunicado do chefe da empresa no Mercosul, Carlos Zarlenga, afixado nos murais de notícias nas fábricas de São Caetano do Sul (SP), São José dos Campos (SP), Gravataí (RS) e Joinville (SC). Citando declarações da presidente global da empresa, Zarlenga afirmava que, entre 2016 e 2018, a companhia arcou com um prejuízo que “não pode se repetir” e que, para que permanecesse no Brasil, seriam necessários “sacrifícios de todos”. A declaração foi entendida como um sinal de que a GM poderia abandonar suas operações no país, onde emprega quase 20 mil pessoas.
Em nota conjunta, assinada por representantes da CUT, CSP-Conlutas e Força Sindical, representantes sindicais afirmam que a iniciativa da empresa “se contradiz com a realidade, visto que a GM anunciou um lucro global superior a 2,5 bilhões de dólares, o equivalente a R$ 10 bilhões, no último trimestre, e é líder de vendas na região”. Desde 2016, a Chevrolet no Brasil lidera as vendas de veículos com seu modelo Onix, e detém uma fatia de 15,4% do mercado.
Para Renato Almeida, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, as declarações representam “uma pressão violenta que a empresa está fazendo. Ela apresenta lucros exorbitantes e vem anunciar fechamento de fábricas”, diz. “No último período os trabalhadores da GM têm feito muitas concessões, porque as empresas pressionam o sindicato ameaçando se mudar para outros países ou para outra região”.
A íntegra das informações está disponível no site Brasil de Fato.
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