Centenas de pessoas se reuniram na Esquina Democrática, no Centro de Porto Alegre, no final da tarde dessa quinta-feira (14), para protestar contra a Reforma da Previdência em gestação pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL). Durante a tarde, o secretário de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, afirmou que Bolsonaro definiu que a reforma estipulará uma idade mínima de aposentadoria de 65 anos para homens e de 62 anos para mulheres, com um período de transição de 12 anos para os trabalhadores que estão na ativa. Ele informou ainda que a proposta deverá ser assinada pelo presidente e enviada ao Congresso Nacional na próxima quarta-feira.
No ato em Porto Alegre, representantes das centrais sindicais, de partidos políticos, de sindicatos de diversas categorias e de outras entidades da sociedade civil se revezaram em um carro de som estacionado na Esquina para criticar a reforma e denunciar os prejuízos que ela trará para os trabalhadores brasileiros. Um dos principais argumentos utilizados pelos manifestantes é de que a CPI da Previdência realizada pelo Senado, em 2017, sob a presidência de Paulo Paim (PT-RS), demonstrou que a seguridade social não é deficitária estruturalmente e que seus problemas são decorrentes da sonegação de contribuições e de desvinculação de receitas. “É uma reforma criminosa que vai fazer com que os trabalhadores não consigam mais se aposentar”, constatou Marizar de Melo, vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores no Estado (CUT-RS), a respeito da reforma proposta por Bolsonaro. Vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Silvana Conti destacou que o papel do ato foi denunciar que o governo “mente para a população” ao afirmar que irá arrumar as contas públicas fazendo a reforma da Previdência. “A gente quer ampliar a luta contra a reforma e mostrar que o governo quer quebrar com os trabalhadores”, disse.
Os manifestantes também criticaram o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), por sua fala de que “todo mundo consegue trabalhar hoje até os 80 anos” e o projeto do ministro da Economia, Paulo Guedes, de estabelecer um regime de capitalização para a Previdência. Diversos manifestantes apontaram que o modelo defendido por Guedes foi implementando no Chile durante a ditadura Pinochet e resultou em um cenário no qual a maioria dos aposentados chilenos recebe hoje menos do que um salário mínimo mensalmente.
A íntegra das informações estão no site Sul21.
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