A defesa da alimentação saudável e dos direitos dos trabalhadores esteve em evidência na 42ª Romaria da Terra do Rio Grande do Sul, realizada nesta terça-feira de Carnaval no Assentamento Conquista da Luta, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), localizado em Itacurubi, na região das Missões. O evento, que é itinerante, ocorreu pela primeira vez no município.
A tradicional caminhada reuniu cerca de 5 mil romeiros de todas as regiões do estado. Numa demonstração de fé e devoção, eles percorreram cerca de 3 quilômetros sob sol forte, da localidade do Rincão do Boeira até a sede do assentamento. Durante o trajeto, refletiram sobre o papel da sociedade na defesa da produção e do consumo de alimentos livres de agrotóxicos.
A reflexão também apontou a necessidade de estreitar a relação entre campo e cidade, proteger o meio ambiente, lutar para acabar com a fome no país e gerar empregos nas áreas rurais com um novo modelo de agricultura, que respeite a vida e garanta a sucessão familiar. Conforme o MST, esse modelo abastece iniciativas locais e estimula a diversidade e a agroecologia, se contrapondo ao agronegócio.
Durante a missa campal, realizada na chegada da caminhada ao assentamento, o destaque também foi para o tema da alimentação saudável. Depois, na tribuna popular, camponeses e representantes de diversas organizações repudiaram a perda de direitos através da proposta da reforma da Previdência, que fará os trabalhadores trabalharem mais e receberem menos, principalmente as mulheres.
As manifestações criticaram fortemente o fato de que brasileiros vivem menos em regiões pouco desenvolvidas, e não desfrutarão do benefício merecido. “Não podemos aceitar essa mudança na Previdência pública que só prejudica o trabalhador. Vamos ampliar as mobilizações, no campo e na cidade, ir às ruas e evitar que o Congresso concretize essa reforma sem qualquer diálogo com o povo”, declarou o deputado estadual Edegar Pretto (PT), tradicional romeiro. Na ocasião, os participantes também se colocaram contra o fechamento das escolas do campo.
As informações são do site Sul21.
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