Você se lembra de ouvir seus long plays em uma vitrola Gradiente, ou de ter na cozinha um fogão bege da Prosdóscimo? Sua infância foi povoada por consoles de videogame produzidos pela Dynacom, ou será que você chegou a ver um autêntico carro Gurgel circulando pelas ruas da cidade? Se a resposta foi sim para ao menos uma dessas perguntas, então você provavelmente viveu uma época em que a indústria nacional tinha mais relevância na vida da população.
Nesta semana a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou números do setor industrial no país, atualizados para 2019. Segundo estes dados, a indústria de transformação ocupa hoje apenas 11,3% do total do PIB, menor patamar desde 1947, enquanto a indústria como um todo – o que inclui a extração de minérios, petróleo, gás natural e a construção civil – representa 22% do PIB.
Em 1986, auge do indústria no Brasil e época em que as marcas mencionadas acima ainda eram mais presentes na vida dos brasileiros, esse setor respondia por 27% dos empregos com carteira assinada dentro do território nacional. Hoje ele representa apenas 15% do total.
Enquanto produtos básicos como a soja, o milho e outras commodities respondem por 50% das nossas exportações, os produtos manufaturados são 83% de tudo que o país importa.
O mundo já fala na quarta revolução industrial e nas economias do conhecimento, mas o Brasil continua a exportar principalmente produtos agrícolas e importar, a muito custo, bens de alto valor agregado, alguns dos quais antigamente produzíamos aqui.
E o que explica esse processo? Foi o que o Brasil de Fato perguntou aos economistas Márcio Pochmann e Paulo Kliass.
A íntegra das informações está disponível no site Brasil de Fato.
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