“Um, dois, três, quatro, cinco mil. Se aprovar a reforma nós paramos o Brasil!”. Na manhã desta quinta-feira (28), milhares de estudantes saíram em caminhada por Porto Alegre se manifestando contra a Reforma da Previdência do governo Bolsonaro (PSL), o aumento das passagens de ônibus, o fechamento de turmas e escolas e pedindo por mais investimentos na educação pública. O ato foi organizado pela União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas de Porto Alegre (Umespa), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e União Gaúcha dos Estudantes Secundaristas (UGES).
No meio da marcha, Andrielly Silva, estudante do 2º ano do Ensino Médio da Escola Estadual de Ensino Médio José do Patrocínio, segurava com força as duas alças da mochila que continha todos os seus livros didáticos. Em determinado momento, outros estudantes a sua volta começaram a pular e a correr. Como instinto de proteção, Andrielly colocou a mochila para a frente do seu corpo. “Sou a primeira da minha família que terá oportunidade de frequentar uma universidade. O estudo é tudo que eu tenho”, afirma. “Quero ser nutricionista. É um sonho. Por isso estou aqui. Se o estudo for mais precarizado, o que resta para nós?”, questiona.
O ato começou por volta das 9h em frente ao Colégio Estadual Júlio de Castilhos. Ali, as deputadas Juliana Brizola (PDT) e Luciana Genro (PSOL) realizaram falas contra a política de fechamento de escolas. Durante o governo Sartori (MDB), dezenas de instituições de ensino estaduais encerraram suas atividades. Além disso, escolas que permaneceram abertas tiveram turmas fechadas e redução de investimentos. “Precisamos da rebeldia da juventude em todas as frentes: contra o aumento da passagem, contra o fechamento de escolas e contra a reforma da Previdência”, enfatizou Juliana.
A íntegra das informações está disponível no site Sul21.
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