A chamada “lista suja” do trabalho escravo foi atualizada no último dia 3 de abril, com a inclusão de 48 novas empresas, autuadas pela prática irregular. Desde que foi criada, em 2016, 187 empresas foram incluídas no cadastro. O estado com o maior número de notificações, bem como de trabalhadores resgatados, é Minas Gerais. Foram 12 empresas notificadas e 164 pessoas resgatadas em condições análogas à escravidão no estado. Logo atrás, vem Alagoas, que teve duas notificações e 90 trabalhadores resgatados. Ao todo, empresas de 14 estados brasileiros foram incluídas na lista em 2019.

Marcelo Campos, auditor-fiscal do trabalho e coordenador do projeto de combate ao trabalho escravo da Superintendência Regional do Trabalho em Minas Gerais, explica que o resultado negativo no estado, na verdade, revela a existência e efetividade de políticas de combate à prática criminosa. “Nós em Minas, desde 2013, temos um projeto da Superintendência Regional do Trabalho que possui uma equipe especialmente dedicada ao combate ao trabalho escravo, tanto urbano quanto rural. Obviamente você tendo uma equipe especial de combate ao trabalho escravo, essa equipe se articula com todas as instituições relacionadas ao tema, como o Ministério Público do Trabalho, a Procuradoria da República, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária, e aí você tem ações cotidianas, atendimento cotidiano de denúncias, eu entendo que é natural ter um resultado que se destaque”.

A situação em Minas Gerais puxou a região sudeste do país para o primeiro lugar no ranking das regiões brasileiras com maior número de empresas notificadas e trabalhadores resgatados, com 17 empresas e 189 trabalhadores resgatados. O nordeste vem em segundo lugar, com 7 notificações e 113 trabalhadores resgatados. A região sul foi a que menos teve casos notificados. Uma única empresa foi autuada, onde dois trabalhadores foram resgatados. 

A íntegra das informações está disponível no site Brasil de Fato.


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