O jornalista Glenn Greenwald, um dos fundadores do The Intercept Brasil, foi convidado para falar sobre “ameaças recebidas no exercício da profissão de jornalista e liberdade de imprensa no Brasil” no Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional. O convite veio após uma série de reportagens demonstrando escândalos da Operação Lava Jato, em que o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, tentava interferir no trabalho de procuradores, para tirar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da SIlva da eleição de 2018. O deputado federal David Miranda (PSOL-RJ), marido de Glenn Greenwald, denunciou à Polícia Federal ter sofrido ameaças de morte. A PF é subordinada à pasta de Justiça.
De acordo com informação da coluna de Mônica Bergamo, dos 16 conselheiros presentes no conselho do Congresso, um foi contra a ida de Glenn. O representante da Abert (Associação Brasileira de Rádio e Televisão) se absteve. Segundo uma das reportagens do Intercept, Moro pede ao procurador Carlos Fernando que eles divulguem uma nota à imprensa para rebater o que ele chamou de ‘showzinho’ da defesa do ex-presidente Lula.
Em outra matéria do The Intercept, o procurador Deltan Dallagnol duvidava da existência de provas contra Lula, acusado de ter recebido um apartamento da OAS como propina. “No dia 9 de setembro de 2016, precisamente às 21h36 daquela sexta-feira, Deltan Dallagnol enviou uma mensagem a um grupo batizado de Incendiários ROJ, formado pelos procuradores que trabalhavam no caso. Ele digitou: ‘Falarão que estamos acusando com base em notícia de jornal e indícios frágeis… então é um item que é bom que esteja bem amarrado. Fora esse item, até agora tenho receio da ligação entre petrobras e o enriquecimento, e depois que me falaram to com receio da história do apto… São pontos em que temos que ter as respostas ajustadas e na ponta da língua'”, disse o site.
Uma pauta revelou, ainda, que Moro “sugeriu trocar a ordem de fases da Lava Jato, cobrou novas operações, deu conselhos e pistas e antecipou ao menos uma decisão, mostram conversas privadas ao longo de dois anos”. No diálogo com Dallagnol pelo aplicativo Telegram ele escreve: “Talvez fosse o caso de inverter a ordem da duas planejadas”. “Não é muito tempo sem operação?”, questionou.
Também vale ressaltar que, em mais um trecho publicado pelo The Intercept Brasil, Moro se queixa de que a operação não pode ficar muito tempo “parada” e Dallagnol responde afirmando que haveria a necessidade de articular com os americanos.
As informações são do site Brasil247.
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