Com foco seletivo, procuradores da Lava Jato chegaram a um acordo para rejeitar a delação proposta por advogados do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, mesmo com o relato de uma suposta fraude feita pelo ex-deputado na escolha do parlamentar que foi o relator de seu processo de cassação. “Evidente também que alguma coisa o acordo do Cunha sempre corroborá ou ajudará, mas no geral vemos mais prejuízos do que benefícios. Para nós, as teses dele mais atrapalham os processos e investigações em andamento do que ajudam”, diz o procurador Orlando Martello em 1º de agosto de 2017 no grupo “Acordo Cunha”, criado para analisar a questão, que reunia membros do Ministério Público Federal de Curitiba, Brasília, Rio de Janeiro e Natal.
Segundo reportagem da Vaza Jato divulgada nesta terça-feira (10) pelo portal UOL, em parceria com o site The Intercept, a seletividade dos procuradores da Lava Jato ao rejeitarem uma denúncia importante em acordo de colaboração implica em crime de prevaricação. Ao menos dois juristas disseram que “o Ministério Público não tem a possibilidade de escolher o que investiga”.
A íntegra das informações está disponível no site da revista Fórum.
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