Um ponto central na reforma tributária em debate na Câmara dos Deputados seria dotar o sistema de arrecadação fiscal de progressividade: aliviar os impostos sobre o consumo, que pesam mais para quem ganha menos, e taxar rendimentos dos mais ricos. A Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco) apresentou na semana passada proposta de tributação sobre a renda que inclui criação de alíquota de 40% para quem possui rendimento mensal acima de 60 salários mínimos.
A discussão na Câmara, porém, caminha para manter a tributação do consumo, criando o Imposto sobre Bens e Serviços para substituir três impostos federais, um estadual e um municipal, com alíquota estimada de 25%, um nível insuportável para os trabalhadores – em que bilionários ou pessoas pobres pagam a mesma porcentagem, acentuando a chamada regressividade do sistema.
O representante da Fenafisco, Francelino Valença Júnior, mostrou nessa terça-feira (24), na comissão da Reforma Tributária (PEC45/19), uma projeto que inclui na reforma tributária uma medida de justiça fiscal que ele chamou de “Reforma Tributária Solidária”. A proposta prevê uma nova tabela do Imposto de Renda com seis alíquotas em vez das quatro atuais. Segundo ele, a mudança, aliada à tributação de lucros e dividendos, poderia promover uma receita de R$ 158 bilhões por ano, possibilitando a redução da tributação sobre o consumo.
Pela proposta da Fenafisco, a faixa de isenção passaria de R$ 1.903,99 para R$ 3.992,00 (quatro salários mínimos). A partir daí incidiria a alíquota de 7,5%. Depois viriam percentuais de 15%, 22% e 27,5%. E seriam criadas mais duas novas alíquotas: de 35%, para a faixa salarial entre 40 e 60 salários mínimos, e de 40% para faixas maiores.
A íntegra das informações está disponível no site Rede Brasil Atual.
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