Em assembleia realizada num saguão lotado da Paróquia da Pompeia, no Centro de Porto Alegre, trabalhadores do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf) aprovaram a realização de uma greve de todas as categorias que atuam na instituições. A greve, que terá duração inicial de três dias nos postos de saúde da Capital, irá começar no dia 9 de outubro. Os trabalhadores alegam que a medida foi a alternativa que restou após o governo municipal se recusar a negociar a situação dos 1,8 mil profissionais que deverão ser demitidos pela Prefeitura. “Tudo o que o Executivo pediu aos trabalhadores, que estão profundamente indignados, foi feito, mesmo após o prefeito dizer que os servidores tratavam os usuários como gado. Bem, acabou a paciência deles. Marchezan vai continuar sendo irresponsável? Mesmo ele podendo, em uma assinatura, evitar o caos na saúde?”, afirmou o presidente do Sindisaude-RS, Júlio Jesien.
Estêvão Finger, enfermeiro e representante da comissão de trabalhadores do Imesf, responsabilizou a recusa do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) em negociar pela falta de diálogo. “Infelizmente, a greve é o último recurso a ser adotado. Geralmente, se adota quando não se consegue diálogo, o que é o caso da Prefeitura de Porto Alegre. O prefeito Marchezan, de modo bastante determinado, não aceita conversar com os sindicatos, principalmente para reavaliar a questão das demissões. O nosso objetivo maior é a manutenção dos empregos e também a luta pela saúde pública. Então, a comunidade tem que estar bem consciente de que a greve sempre é o último recurso”, diz Finger, que salienta que ainda há possibilidade da greve ser evitada se a Prefeitura iniciar um processo de diálogo com as categorias. “Veja a irresponsabilidade do prefeito em não querer conversar. No dia 9, começa a campanha de vacinação, que é uma ação super importante do município e, infelizmente, o prefeito nos força a adotar essa medida mais dura pela falta de diálogo”
Os trabalhadores do Sindisaúde, do Sindicato dos Enfermeiros do Estado do RS (Sergs), Sindicato dos Odontologistas do Estado do Rio Grande do Sul (Soergs) e do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde (Sindacs) também aprovaram participação unificada no ato da Educação dia 3/10 e uma paralisação de duas horas no dia 7/10, a partir das 8h. As categorias prometem mantem um percentual mínimo de trabalhadores atuando nos postos de saúde para não deixar a população totalmente desassistida. A expectativa é que 30% da categoria deve permanecer ativa, mas este percentual ainda será debatido nos próximos dias.
A íntegra das informações está disponível no site Sul21.
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