Centrais sindicais, movimentos populares e organizações estudantis do Chile anunciaram nessa terça-feira (22) a convocação de uma greve geral entre os dias 23 e 24 de outubro contra o governo neoliberal do presidente Sebastián Piñera. A paralisação vem em meio aos protestos massivos que tomam as ruas do país latino-americano desde a última semana, após o aumento da tarifa do metrô.
Em comunicado, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Chile afirmou que a greve geral “é o maior instrumento que os trabalhadores têm para a defesa de nossos interesses”. Segundo a organização, estão previstas “marchas desde às 10h30, orientadas pela massividade, ordenadas, pacíficas e com bandeiras sindicais”. Por sua vez, o comunicado emitido pela Unidade Social, conglomerado que reúne mais de 50 movimentos populares, afirmou que a paralisação reivindica “a imediata suspensão do estado de emergência e o retorno dos militares aos quartéis”. Os movimentos ainda exigem a realização de uma “Assembleia Nacional Constituinte para que se elabore participativamente um novo marco estrutural da sociedade chilena […] que coloque fim ao atual modelo neoliberal e abusivo”.
Em comunicado conjunto, as organizações envolvidas na mobilização caracterizam esta como a “maior crise política e social desde a saída da ditadura militar”. “As organizações sindicais presentes, em reunião de urgência, demandamos ao governo restituir a institucionalidade democrática que, em primeiro lugar, significa suspender o estado de emergência”, afirmam.
Entre as mais de 100 organizações comprometidas com a convocação, integram o movimento a Associação Nacional de Empregados Fiscais, Confederação Coordenadora de Sindicatos do Comércio e Serviços Financeiros, Confederação Bancária e Sindicato dos Professores.
A íntegra das informações está disponível no site Sul21.
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