Após dizer que “pegamos toda a memória da secretária eletrônica”, Jair Bolsonaro voltou atrás nesse domingo (3) e afirmou que não pegou e nem fez backup dos atendimentos da portaria do condomínio Vivendas da Barra, onde está sua casa no Rio de Janeiro, vizinha a de Ronnie Lessa, preso como executor do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. “O que eu fiz foi filmar a secretária eletrônica com a respectiva voz de quem atendeu o telefone. Só isso, mais nada. Não peguei, não fiz backup, não fiz nada. E a memória da secretária eletrônica está com a Polícia Civil há muito tempo. Ninguém quer adulterar nada, não. O caso Marielle, eu quero resolver também. Mas querer botar no meu colo é, no mínimo, má-fé e falta de caráter”, disse Bolsonaro na noite desse domingo (3), na saída de uma partida entre Itália e Paraguai pela Copa do Mundo Sub-17 no Estádio Bezerrão, no Gama, região administrativa do Distrito Federal, a 39 km do Palácio da Alvorada.

No sábado (2), Bolsonaro disse que pegou a gravação das ligações da portaria do Condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, onde tem uma casa, para que não fossem adulteradas. “Nós pegamos, antes que fosse adulterada, ou tentasse adulterar, pegamos toda a memória da secretária eletrônica que é guardada há mais de ano. A voz não é a minha”, declarou Bolsonaro.

Um grupo de juristas divulgou uma nota em que alerta para a gravidade da ação do presidente Jair Bolsonaro, que declarou ter confiscado provas sobre a investigação dos homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Na análise dos advogados, trata-se de reconhecimento de crime.

A íntegra das informações está disponível no site da Revista Fórum.


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