Com a votação dos projetos do pacote de reforma administrativa do governo do Rio Grande do Sul prevista para ocorrer entre os dias 27 e 31 de janeiro, em convocação extraordinária, o comando de greve chamou uma Assembleia Geral Unificada na terça-feira (21), às 9h. A reunião dos servidores públicos gaúchos será realizada na sede social do Sindicaixa (Rua Manoel Leão, 90 – Pedra Redonda), na Zona Sul de Porto Alegre.
Em pauta, estará a mobilização e o indicativo de greve contra o pacote que retira direitos e precariza o serviço público, bem como os 50 meses de salários atrasados dos trabalhadores do Estado. Os servidores avaliam que foi graças à forte greve unitária do final de 2019 que o governador Eduardo Leite (PSDB) recuou e retirou o regime de urgência de seis dos sete projetos do seu pacote, que ataca o serviço público e os direitos do funcionalismo.
Em reunião da Frente dos Servidores Públicos (PSF) realizada na tarde dessa quinta-feira (16), o diretor do Sindicaixa, Érico Corrêa, reafirmou a importância de estar na Praça da Matriz todos os dias, na semana do dia 27. “Até lá temos que mobilizar todas as categorias e resta uma semana para isso. Mas sabemos que não está fácil para o Leite e, se ele não votar em janeiro, ele não consegue votar mais. Se conseguirmos segurar agora esse pacote, teremos uma vitória histórica”, observa.
A presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, destacou que a pressão deve ser feita em cima dos partidos por todo estado. “Temos que denunciar à sociedade, mostrando o que vai acontecer com o serviço público se estes projetos forem aprovados e deixar claro para os parlamentares que, quem votar com o governo, não terá nosso voto”, frisou.
Conforme informações do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Rio Grande do Sul (Sindsepe RS), no dia 15 de janeiro, o Comando de Greve Unificado dos Servidores esteve no Centro Administrativo para uma reunião agendada com o governo, com a presença do chefe da Casa Civil, Otomar Vivian. Ao chegar, porém o comando foi informado que o secretário não receberia o grupo, mas sim o secretário adjunto da Secretaria de Planejamento Orçamento e Gestão, assim que retornasse de um compromisso.
Nos primeiros dias de 2020, o governo estadual vem se esforçando para viabilizar a convocação extraordinária e garantir os votos necessários para levar os projetos à plenário antes do início do ano legislativo, que começa em 3 de fevereiro. As propostas que encontram maior dificuldade na própria base do governo são as mudanças nos planos de carreira do magistério, da Brigada Militar, dos Bombeiros, do Instituto Geral de Perícia (IGP), da Polícia Civil e da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), além da aposentadoria especial para servidores militares.
As informações são do site Brasil de Fato.
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