“A sociedade tem que perceber que, enquanto não avançarmos nessas pautas que parecem dizer respeito somente ao povo negro, não vamos transformar a sociedade brasileira. [A palavra de ordem] ‘vidas negras importam’ é sobre isso, sobre transformação profunda da nossa sociedade, tarefa de todo o povo brasileiro”. A afirmação é de Joyce Bueno, militante do Levante Popular da Juventude no Distrito Federal.
Joyce foi uma das debatedoras na live promovida pela Rede Soberania e pelo Brasil de Fato Rio Grande do Sul, na manhã dessa quinta-feira (4). Ao lado de Joyce, estiveram a vereadora de Porto Alegre Karen Santos (PSol) e a socióloga Buba Aguiar, militante do Coletivo Fala Akari e do Movimento Favelas na Luta, do Rio de Janeiro. O debate ainda contou com a participação especial da cantora Raquel Leão, que emocionou as debatedoras ao cantar Mulher do Fim do Mundo, de Elza Soares.
Por mais de uma hora, as convidadas refletiram sobre o racismo que historicamente silencia e mata, traçando um paralelo entre a morte de George Floyd nos Estados Unidos e os assassinatos de jovens negros no Brasil, a exemplo do adolescente João Pedro, morto pela polícia no Rio de Janeiro. Além de discorrer sobre temas como violência policial, encarceramento em massa, invisibilidade, feminicídio e racismo estrutural, as debatedoras destacaram a resistência do povo negro, que há séculos encontra formas para superar os direitos sociais constantemente negados pelas elites brasileiras.
A íntegra das informações está disponível no site Brasil de Fato.
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