“Para ler um novo mundo”, o slogan da 67ª Feira do Livro de Porto Alegre, não poderia ser mais apropriado aos dias atuais. Depois da edição 100% on-line em 2020, no primeiro ano da pandemia do novo coronavírus, o tradicional evento literário volta à Praça da Alfândega nesta sexta-feira (29), a partir das 10h, com a abertura dos estandes e todas as atividades realizadas de forma gratuita.
A crise sanitária, é verdade, ainda não acabou. O avanço da vacinação, todavia, já apresenta os resultados positivos esperados, com diminuição de novos casos, internações e mortes. Por isso, a Feira do Livro em 2021 está planejada para combinar a programação presencial, com 56 associados de volta às suas barracas, com dicas de leitura, descontos e saldos, e uma programação on-line, com lives transmitidas do estúdio criado no Memorial do Rio Grande do Sul – as conversas com nomes da literatura nacional e internacional ocorrerão sempre às 18h e às 19h30.
Afastados desde a feira de 2019, editores, distribuidores, livreiros, escritores, ilustradores, professores e leitores poderão se reencontrar novamente no centro de Porto Alegre, com os cuidados ainda necessários, obviamente. A área geral da feira ficará aberta diariamente das 12h30 às 19h30, com a área infantil e juvenil abrindo mais cedo, às 10h. A feira se encerra dia 15 de novembro.
“Estamos muito contentes, amamos a Praça. Tem gente que não vai ao centro o ano todo, mas vai na feira. É um momento muito importante. Não vamos voltar com tudo, mas é um recomeço, e também importante para os livreiros voltarem com suas bancas”, afirma Sônia Zanchetta, coordenadora da área infantil do evento.
Se em 2020 foi a “feira possível”, este ano os organizadores almejam construir a “feira da esperança”, e assim descobrir como ler um novo mundo no coração da Praça da Alfândega. Enquanto os debates sobre literatura, felicidade, luto, diversidade e arte seguem com transmissão on-line, as sessões de autógrafos e os eventos para a primeira infância retornam também para o formato presencial.
O modelo híbrido, inclusive, é algo que veio para ficar. Sônia avalia que quem já tinha experiência com o formato se deu bem em 2020, e quem ainda tem resistência deve aos poucos se qualificar.
No segundo ano da pandemia, a coordenadora da área infantil conta que a captação de recursos para viabilizar a Feira do Livro foi uma tarefa árdua. “Foi um ano muito duro, mas a Feira vai sair e estamos muito contentes”, celebra Sônia, destacando o tema central de 2021: a poesia pede passagem. “A literatura é essencial na vida, em qualquer momento e mais ainda agora, serviu de refúgio e inspiração pra muita gente durante a pandemia.”
A íntegra das informações está disponível no site Sul21.
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