Em meio a preocupações com o avanço global da variante ômicron do coronavírus, detectada inicialmente no sul da África, laboratórios em todo o mundo avaliam se as vacinas contra a covid-19 já produzidas podem ser úteis no combate a essa mutação, potencialmente mais contagiosa do que a cepa original do Sars-Cov-2. Pesquisadores da farmacêutica americana Pfizer – que desenvolveu o imunizante contra o coronavírus em parceria com o laboratório alemão BioNTech – começaram na última sexta-feira a realizar testes para avaliar a eficácia de sua vacina no combate a ômicron, afirmou o CEO da empresa, Albert Bourla. “Não acredito que o resultado dirá que a vacina não protege [contra a ômicron]”, disse Bourla, nesta segunda-feira (29/11). Entretanto, é possível que a conclusão seja a de que o imunizante “protege menos”, o que implicaria na necessidade de “criar uma nova vacina”, explicou o CEO.
Ele comparou o momento atual com a situação surgida no início do ano, quando a Pfizer e a BioNTech desenvolveram em 95 dias uma vacina eficaz contra a variante delta, em meio a temores de que a fórmula inicial desenvolvida por ambas não funcionaria contra a cepa surgida inicialmente do Reino Unido. Segundo Bourla, essa versão acabou não sendo utilizada, uma vez que a vacina se provou “muito eficiente” contra a delta. O CEO disse que as duas empresas esperam produzir quatro bilhões de doses em 2022. Ele disse ainda que está muito confiante que a pílula antiviral lançada pela Pfizer no início de novembro possa ser utilizada também no tratamento de infecções causadas por mutações do vírus, incluindo a ômicron.
Até agora, o medicamento demonstrou ser capaz de reduzir hospitalizações e mortes em quase 90%, no caso de pacientes de alto risco recém-infectados que receberam o tratamento dentro de três dias após o surgimento dos sintomas.
A íntegra das informações está disponível no site Brasil de Fato.
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