Pelo terceiro ano consecutivo a seca afeta o plantio da safra anual no RS, período que vai de outubro a dezembro. Com a falta de chuvas muitos agricultores relatam a perda ou a baixa qualidade da lavoura plantada. A denúncia foi feita pelo Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) em uma roda de conversa virtual, na segunda-feira (13), com lideranças regionais para entender o impacto e as possíveis saídas para a estiagem deste ano, que é acumulativa e têm trazido consequências extremas como a volta da fome para famílias camponesas no interior do estado. “Estamos vivendo uma estiagem severa, que atinge de maneira muito grande os pequenos e médios agricultores, uma seca que já dura em algumas regiões cerca de 45 dias, sem nenhuma chuva”, revela Frei Sérgio Görgen, dirigente do MPA e que mediou a conversa.
Os agricultores revelaram que a safra de milho já está praticamente perdida e que a safra de soja e a produção de leite estão prejudicadas, e mesmo que as chuvas ocorram de forma mais regular a qualidade da safra será de baixa qualidade.
Nas regiões da cultura do fumo, como a região Centro Serra, o agricultor Leomar Fiúza, que mora em Arroio do Tigre, aponta que não é diferente. Segundo o agricultor, a estimativa é de que quem plantou o fumo da variedade Burley nesta época da safra perca cerca de 70% da produção. “O fumo que foi plantado no cedo (safrinha) no começo de julho, agosto, que são poucos, ainda vão ter alguma coisa, mas não conseguirão pagar a conta do fumo do tarde (safra)”, aponta. Ele ainda revela que as empresas fumageiras chegaram a aumentar o valor de compra, mas, como não se tem fumo, não tem como vender.
A íntegra das informações está disponível no site Brasil de Fato.
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