Os problemas de falta de luz nos municípios gaúchos atendidos pela CEEE-Equatorial motivaram as bancadas do PSOL, do PT e do PDT na Assembleia Legislativa a apresentarem requerimento de instalação de uma CPI para investigar a privatização da empresa e a prestação de serviços da Equatorial Energia. O pedido, protocolado nesta quarta-feira (23) elenca seis fatos que embasam a necessidade de investigações.
Entre eles, o aumento no número de reclamações dos consumidores e a falta de respostas da Equatorial, que tem sido falha em atender às queixas de queda de energia. Outro motivo é a demissão de mais de mil funcionários e sua substituição por terceirizados sem treinamento adequado. “Técnicos muito bem treinados foram substituídos por trabalhadores terceirizados, com salários mais baixos e que recebem um treinamento à jato. O treinamento que deveria levar de três a seis meses está sendo feito em até dez dias. Isso coloca em risco tanto os funcionários, quanto a população”, criticou a deputada deputada Luciana Genro (PSOL). A deputada considera “muito importante que os negócios escusos por trás da privatização da CEEE venham à luz”, visto que “as consequências dessa privatização já estão muito claras para a população”.
Para que a CPI possa acontecer, é preciso a assinatura de 19 deputados. As três bancadas proponentes já somam 14 assinaturas. Agora os parlamentares da oposição estão conversando com os demais deputados para coletar apoios.
O Grupo Equatorial assumiu o controle da distribuição de energia da CEEE-D em julho de 2021, após vencer leilão de privatização com um lance de R$ 100 mil. A venda da estatal era impedida sem a realização de plebiscito para consultar a população, porém a Assembleia Legislativa retirou a obrigatoriedade em julho de 2019, quando 40 deputados votaram a favor e 14 foram contra.
A íntegra das informações está disponível no site Brasil de Fato.
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