Com intuito de debater as sequelas das vítimas da covid-19 e dar visibilidade à questão, audiências públicas serão realizadas em sete macrorregiões de saúde do Rio Grande do Sul pela Frente Parlamentar em Defesa das Vítimas da Covid da Assembleia Legislativa do RS. A primeira, abrangendo a região Metropolitana, será em Porto Alegre, nesta segunda-feira (30), às 18h30 na Sala Adão Pretto da Assembleia.
O presidente do Conselho Estadual de Saúde (CES), Cláudio Augustin, é uma das vítimas que ficou com sequelas. Passou nove meses no hospital entre a vida e a morte. Foi internado com uma pneumonia bacteriana no dia 1º de dezembro de 2020 e, ao pegar covid no ambiente hospitalar, sua vida mudou profundamente. Desde agosto, está em casa, mas ainda na cama. “Eu passei entre a vida e a morte durante muito tempo. Não me lembro muito dessas coisas, só sei que era uma situação muito difícil. Sentia muitas dores e não conseguia falar, as pessoas não me entendiam. Só conseguia superar essa dor com morfina”, conta.
O conselheiro ressalta que muita gente não está tendo a devida assistência para se recuperar de fato da contaminação da covid. “As audiências têm como objetivo mobilizar a sociedade do Rio Grande do Sul para os casos das centenas de milhares de pessoas contaminadas. Também fazer um levantamento da situação dessas pessoas, quantas morreram, quantas continuaram vivendo com sequelas, qual é o atendimento que está ocorrendo em cada região, quais os atendimentos faltam. Para podermos ter um mapa da situação real das consequências da pandemia no RS”, explica. “Queremos que essa defesa das vítimas da covid tome corpo porque tem sequelas das mais variadas, até sequelas sociais, desemprego, diminuição de renda, sequelas graves”, complementa a vice-presidente do CES, Inara Ruas, pontuando que está se vivendo uma nova onda da pandemia, o que preocupa bastante.
A íntegra das informações está disponível no site Brasil de Fato.
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