O Sindiágua/RS esteve em audiência na Casa Civil nesta segunda-feira (20), reforçando o pleito ao Governo do Estado para suspender a intenção de venda da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), anunciada para julho. O representante dos cerca de dez mil trabalhadores/as e assistidos da Fundação Corsan entregou documentos mostrando a capacidade de investimento da Companhia para atender ao novo marco regulatório e também apontamentos de supostas irregularidades no processo de privatização. “Viemos, uma vez mais, dialogar com o governo com argumentos técnicos contundentes que apontam as vantagens em manter a Corsan pública”, enfatizou o presidente do Sindiágua, Arilson Wünsch ao entregar os documentos ao secretário Artur Lemos Júnior. “Se antes dessa reunião o Governo dizia não saber da capacidade financeira da Corsan, há farto material técnico comprovando. É criminoso dar continuidade à privatização diante desse quadro. Confiamos que as autoridades atuem e evitem esse desastre que lesa o povo gaúcho”, expressa Wünsch.
O dirigente do Sindiágua também entregou relatório solicitando a realização de concurso público devido ao déficit de mais de 1300 funcionários, o que compromete a execução de atendimentos especializados, em particular nos serviços de tratamento da água e esgoto, setor que pode entrar em colapso por falta de pessoal.
Condutas irregulares
A entidade sindical ressaltou ainda que enviou ao Conselho de Administração da Corsan documentos e áudios que comprovam o assédio a prefeitos para que assinassem os aditivos contratuais visando à privatização. As provas comprometem o presidente da Corsan, Roberto Barbutti e sua assessoria direta. “Lamentamos que essas condutas sejam praticadas pela direção da Corsan e por integrantes do Conselho de Administração que representam o governo. Registramos ainda o afastamento ilegal de conselheiro legitimamente eleito como representante dos trabalhadores, em descumprimento à legislação”, detalhou Wünsch na audiência. As irregularidades já foram encaminhadas anteriormente ao Conselho de Administração, sem nenhuma providência, observa o dirigente.
Também foram apresentadas demandas da Fundação Corsan relativas a temas previdenciários. “Por inércia do Governo do Estado, o déficit teve um aumento considerável”, registrou o secretário de Saneamento Ambiental e Serviços Municipais do Sindiágua, Vinícius Giordani, presente na atividade. Também participaram da agenda o Secretário Extraordinário de Parcerias do RS, Leonardo Busatto e a secretária do Meio Ambiente, Marjorie Kauffmann.
As informações são da Assessoria de Imprensa do Sindiágua RS.
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