O Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul (MP-RS) e o Conselho Regional de Psicologia (CRP) estão investigando um áudio atribuído a uma suposta psicóloga do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) com falas transfóbicas, ligando a esquerda a uma suposta conspiração global de supremacia LGBTQIA+ e defendendo o voto em Jair Bolsonaro (PL) para presidência da República.
Na última sexta-feira (14), o NUANCES – Grupo pela Livre Expressão Sexual encaminhou uma denúncia ao Ministério Público Federal (MPF) pedindo a notificação da autora, que também notifique o Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul a respeito de uma possível violação do código de ética da categoria e que avalie a possibilidade de denunciar a autora pelo crime de racismo e coação.
A presidente do CRP destaca que a 01/2018 do Conselho Federal de Psicologia (CFP) reconhece o direito à autodeterminação como parte da autonomia das pessoas. “Determinar a sua identidade de gênero também é um direito fundamental, com súmula do STF. Ou seja, é garantido dentro do Direito brasileiro o direito a cada cidadão ou cidadã definir, autodeterminar a sua identidade de gênero. Veja, isso não é banalizado como a voz traz ali no áudio, existem legislações, inclusive superiores à a da profissão da Psicologia, como essas súmulas do STF”, afirma.
Ela lembra ainda que outra resolução do CFP, a 98/2020, que determina que os profissionais da área não podem prejudicar a autonomia das pessoas cisgênero, transexuais ou travestis, pessoas com expressões não binárias de gênero, dentre outras, considerando os aspectos de raça, etnia, orientação sexual e deficiência. “Só nessas duas resoluções, nós já temos muitos problemas ali nesse áudio”, diz.
A íntegra das informações está disponível no site Sul21.
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