O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) da Secretaria Estadual de Saúde (SES) realizou um estudo que indica que pessoas que tomaram a segundo reforço da vacina contra a covid-19 tem até 16 vezes menos risco de óbito, dependendo da idade, em comparação com quem ainda não completou o primeiro esquema da vacina (duas doses iniciais ou a dose única da Janssen). O dado consta no balanço da situação vacinal no Rio Grande do Sul divulgado na sexta-feira (2) e realizado a partir de dados dos sistemas SIPNI e SIVEP-Gripe.
Entre os idosos (acima dos 60 anos), população considerada mais vulnerável pelo fato de terem uma imunidade mais limitada, a taxa de mortalidade é até oito vezes menor para quem já fez a segunda dose de reforço em comparação com quem não completou o esquema vacinal inicia. Na comparação com quem completou o esquema vacinal primário, mas não tomou nenhuma dose de reforço, o risco de óbito é quatro vezes menor. Já em relação a quem tomou a primeira dose de reforço, mas está com a última em atraso, o risco é duas vezes menor. A faixa etária dos idosos representou cerca de 90% dos óbitos por covid em novembro, segundo dados da Cevs.
A maior diferença registrada pelo estudo ocorreu na faixa entre 40 e 59 anos. Nesta faixa, o segundo reforço chega a diminuir o risco de morte pelo coronavírus em 16 vezes. Enquanto a pessoa com segunda dose nesta idade tem uma taxa de mortalidade de 2,79 por cem mil pessoas por ano, o índice é de 44,9 para quem não tem o esquema primário completo. Ter o segundo reforço também reduz em mais da metade o risco de morte nesta população em comparação com a pessoa com o primeiro reforço — de uma taxa de mortalidade de 6,80 por cem mil (com 1º reforço) para 2,79 (com o 2º reforço).
Diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri afirma que a análise ratifica aquilo que já havia sido percebido em outras oportunidades após o início da vacinação. “Quanto mais completo é o esquema vacinal do indivíduo, maior chance ele tem de não evoluir para hospitalização ou óbito. O segundo reforço, que na nossa última análise ainda não estava disponível, trouxe uma redução significativa nas taxas de mortalidade, de quase duas vezes menos risco de óbito entre os idosos e menos 50% entre as pessoas de 40 a 59 anos”, afirmou.
No entanto, ainda é grande o número de gaúchos que estão com as doses de reforço em atraso. De acordo com a Cevs, 2,2 milhões de pessoas no Estado estão com essa dose em atraso, número maior, inclusive, do que o de pessoas já tomaram: 1,97 milhão. Outras três milhões estão com o primeiro reforço em atraso e mais 651 mil estão com a segunda dose do esquema primário não realizada no tempo preconizado.
A íntegra das informações está disponível no site Sul21.
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