O governo do Rio Grande do Sul realizou o leilão para privatizar Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), na manhã desta terça-feira (20). A entrega da Companhia à iniciativa privada através da venda das ações foi realizada na Bolsa de Valores (B3), tendo como comprador o Consórcio AEGEA, vencedor do leilão com proposta única de aproximadamente R$4,1 bilhões.
O governador Ranolfo Vieira Júnior (PSDB) se pronunciou de forma virtual. Afirmou que a privatização acontece em função do Marco Legal do Saneamento, da necessidade de universalizar o serviço em 10 anos e da ” incapacidade da Companhia de cumprir essa meta”. “Resolvemos trocar a modelagem para essa forma que se concretiza nesse momento. Em cinco meses conseguimos, junto do BNDES, realizar essa operação”, disse o governador. Por fim, sobre as ações na Justiça do Trabalho e no Tribunal de Contas que contestam a operação, afirmou estar tranquilo, opinando que “essa judicialização pode ter afastado outros investidores”.
Representando presencialmente o governo do estado, esteve Marjorie Kauffmann, secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura. Ela afirmou não ter “duvidas de que essa privatização foi a medida mais acertada” e deu boas vindas à chegada do Consórcio AEGEA no RS.
“Leilão ajeitado”
Por outro lado, para o deputado estadual Jeferson Fernandes (PT), a privatização foi um “leilão ajeitado”. “Palhaçada. Essa privatização foi um esquemão. Um único lance de uma empresa que sabidamente ganharia. Fez esse lance com dinheiro público ainda”, afirmou o deputado.
Ainda na segunda-feira (19), cerca de 12h antes do leilão, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto do Estado do Rio Grande do Sul (Sindiágua/RS) havia adiantado que a empresa vencedora do certame seria a AEGEA.
As informações são do site Brasil de Fato.
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