A pulverização de agrotóxicos utilizada na agricultura convencional é uma prática que traz impactos à saúde das pessoas, à fauna, flora e ao meio ambiente. Caso emblemático ocorreu no município de Nova santa Rita (RS), em 2020 e 2021, quando famílias do MST foram intoxicadas e plantações foram prejudicadas pela deriva feita por arrozeiros da região. A fim de conter este problema, o deputado Adão Pretto (PT) protocolou na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul um Projeto de Proposição Legislativa (PPL) que visa proibir a pulverização realizada por aeronaves e drones, em todo o território gaúcho.
De acordo com o deputado, é científico e comprovado que esses produtos causam danos e desequilíbrios ecológicos. “A pulverização realizada por meio de aviões é ainda mais perversa para a nossa sociedade”, comenta.
Dados de pesquisas e da subcomissão que tratou do tema na Câmara dos Deputados indicaram que até 70% do agrotóxico aplicado por avião em áreas de plantio não atingiu o alvo. Os produtos percorrem um “ar sem lei” até os vizinhos, matas, biodiversidade, casas, escolas, hospitais, reservas ecológicas e mananciais de água, que abastecem as cidades. “É a chamada deriva, que contamina solos, rios e não respeita cercas nem fronteiras”, completa.
No RS, a pulverização aplicada por avião é problema de saúde pública em muitas regiões, maior ainda nas extensas áreas agrícolas com predomínio de monocultivos: soja, milho, trigo e outros.
A íntegra das informações está disponível no site Brasil de Fato.
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